Um grupo de parlamentares federais, integrantes da Comissão de Direitos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal, estará em Belém nesta quarta-feira (08), para uma série de reuniões com autoridades e dirigentes de órgãos representativos da sociedade e do governo a fim de cobrar e acompanhar as investigações de crimes cometidos contra trabalhadores ruais e ambientalistas na Amazônia.
Os deputados Arnaldo Jordy (PPS/PA), Domingos Dutra (PT/MA) e Manuela D´Ávila (PCdoB/RS), se encontrarão pela manhã com o governador do Estado, Simão Jatene (PSDB) e, logo a seguir, estarão na sede da Ordem dos Advogados do Brasil e na Superintendência da Polícia Federal no Pará.
Na quinta-feira (08) a Comissão estará em Marabá e em Ipixuna do Pará, ambas no sudeste do estado, reunindo-se com autoridades, lideranças de trabalhadores rurais e ambientais, além de representantes da Comissão Pastoral da Terra, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, do Comitê Dorothy Stang e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará.
A deputada Manuela D´Ávila, que preside a Comissão de Direitos Humanos, informou por meio do seu perfil no Twitter nesta terça-feira, que estuda um pedido de federalização destes crimes, respeitando a agenda anunciada pelo governo para combater a violência na região. Para a deputada, o índice de resolução de homicídios no campo na Região Norte não ultrapassa 3%. “É a impunidade que estimula a continuidade desses delitos, os mandantes sabem que nunca são presos”, disse.
Para o deputado Arnaldo Jordy, é importante que estes crimes sejam solucionados, para que a impunidade não continue a ser uma triste constante da região. Segundo o parlamentar, medidas paliativas vistas como pirotecnia, por conta da comoção do momento, devem ser substituidas por ações de médio e longo prazo, como a regularização fundiária, o combate à especulação e à grilagem e à exploração irregular de recursos naturais na Amazônia e, particularmente, no Pará, investimentos mais responsáveis em políticas que possam fixar definitivamente o homem no campo.
Só no estado do Pará, foram assassinadas 1.186 lideranças religiosas, ambientalistas e intelectuais nos últimos 25 anos, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra.
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