Será no dia 05 de maio, na Assembléia Legislativa, a partir das 14 horas, a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal para apurar novas denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Pará. O evento foi solicitado pelo deputado federal, Arnaldo Jordy (PPS-Pa), vice-presidente da comissão e ex-relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do legislativo paraense que apurou casos de pedofilia no Estado. "A situação no Pará com relação a esse problema é muito grave", afirma o deputado que desde que assumiu o parlamento federal, há pouco mais de dois meses, já recebeu mais de 30 novas denúncias de abuso sexual contra menores no Pará. "Vamos ouvir os casos mais emblemáticos para que sejam urgentemente apurados", explica Jordy, ressaltando que alguns dos casos envolvem pessoas influentes na sociedade.
Para a audiência, em Belém, estão sendo convidados representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Governo do Estado, Assembléia Legislativa, Ordem dos Advogados do Brasil, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e órgãos e entidades ligados à defesa da criança e do adolescente.
Situação grave - No período de 2005 a 2009, o estado do Pará registrou mais de 100 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, casos esses que foram identificados por meio de investigações realizadas pela CPI aberta pela Assembléia Legislativa do Estado, no final de 2009.
Ao final dos trabalhos, em fevereiro de 2010, a CPI mostrou uma realidade dramática no Estado. No ranking nacional, o Pará era o campeão desse tipo de crime em que até bebês tinham sido alvo de pedófilos. Em 2008, por exemplo, a capital Belém registrou cerca de 950 casos de crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Desses, 62 casos foram contra crianças entre zero e dois anos, com 30 delas tendo que passar por cirurgia de recomposição dos órgãos genitais. Entre as crianças entre dois e cinco anos que sofreram abuso, foram registrados 144 casos no mesmo período. O mais grave dessa situação é que 81% dos casos ocorreram dentro da família, praticados pelo pai ou outros parentes.
A CPI também confirmou a existência de uma rede de tráficos de adolescentes no Estado e de disseminação de material pornográfico, tendo crianças e adolescentes como protagonistas na maioria das vezes. Um dos casos que chamaram atenção no relatório da CPI da Pedofilia foi o de uma menina de 10 anos que teve que manter relações sexuais com oito homens para receber de cada um deles R$ 10,00. "A CPI teve como principal mérito trazer à tona e ao debate da sociedade um tema que estava escondido nas profundezas do subterrâneo", disse o parlamentar, pedindo que sociedade continue a denunciar a fim de que culpados por esses crimes sejam punidos.
Deputado,
ResponderExcluirNão sei a quantas anda o processo de um pedófilo aqui em Canaã dos Carajás por nome Prof. Dário Borges que como prêmio do governador do Estado, recebeu recentemente uma portaria e passou agora a ser o diretor da mesma escola que cometeu as atrocidades, conforme publicado no DOE 31877 de 21/03/2011 podendo ser acessado em http://www.ioepa.com.br/site/mat/mostraMateria2.asp?ID_materia=515560&ID_tipo=21
É preciso apurar com urgência estas barbaridades, principalmente quando o poder público aprova.