quarta-feira, 25 de abril de 2012

OAB apoiará CPI que apura Tráfico de Pessoas




"É necessário uma legislação atual e consistente para um crime no qual o Brasil ocupa a quinta posição entre os países e que no mundo movimente mais de 30 bilhões de dólares anualmente", afirmou nesta quarta-feira o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da Câmara Federal que apura o Tráfico de Pessoas. O parlamentar, acompanhado da relatora da CPI, Flávia Moraes (PDT/GO), e de outros deputados, esteve em audiência com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, para convidar o Conselho a apoiar os trabalhos da comissão.

A OAB tem um histórico de luta pelos direitos do cidadão e democracia no país, por isso a comissão solicitou à instituição que se faça representar nas audiências e diligências da CPI. "A OAB terá prazer em colaborar com os trabalhos da Comissão, acompanhando e fornecendo amparo jurídico necessário, além de levantamentos juntos a mais de 900 subseções da Ordem em todo país", disse Ophir, que colocou ainda à disposição a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem.

Durante a reunião, o deputado Arnaldo Jordy expôs os objetivos da comissão, explicando a situação de um ordenamento jurídico fraco e leis com décadas de defasagem para o enfrentamento de um crime que atua disfarçadamente, muitas vezes fora dos olhos da sociedade. O deputado Severino Ninho (PSB/PE), que também esteve na audiência, defende que o tráfico de pessoas seja tipificado como crime hediondo e modificações no estatuto do estrangeiro como forma de dificultar a entrada de pessoas vítimas de contrabandistas.

A CPI instalada no início deste mês na Câmara dos Deputados tem como objetivo conscientizar, debater e propor formas de combate até mesmo novas Leis para a interrupção deste crime, que atinge cerca de 4 milhões de pessoas em todo planeta.

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