Brasília/DF
- "A Polícia Federal dará apoio às ações da CPI do Tráfico
de Pessoas da Câmara". A afirmação é do deputado Arnaldo Jordy que preside
a Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar a prática do crime
no país. Deputados que compõem a comissão estiveram na tarde desta quarta-feira
(25), na sede da Polícia Federal no Distrito Federal, onde foram recebidos em
reunião fechada, pelo diretor-geral da instituição, Leandro Daiello
Coimbra.
Acompanhado pela deputada e
relatora da CPI, Flávia Moraes (PDT/GO) e pelo deputado José Augusto
Maia (PTB/PE), Arnaldo Jordy ouviu do titular da PF que o órgão
cederá um delegado para acompanhar os trabalhos CPI - inclusive
nas diligências -, e que será feito levantamento de quais sugestões
a Polícia Federal pode dar à comissão, para modificação e melhorias na
legislação que trata o tema no país. Também foi repassado aos deputados um
conjunto de informações que podem nortear algumas das próximas ações da CPI.
Para o parlamentar, a sociedade
não tem a devida consciência da escala de gravidade deste tipo de crime,
que hoje movimenta cerca de 32 bilhões de dólares no mundo inteiro, onde o
Brasil está quinto lugar no ranking dos países onde mais ocorre. "É um
crime que está disfarçado em outras modalidades, tais como listas de
desaparecidos, mercado ilegal de órgãos, tráfico para exploração
sexual de mulheres e adolescentes (pedofilia), trabalho escravo e tantas
outras que precisam ser caracterizados como tráfico de pessoas e portanto
necessita do tratamento legal correspondente a esta gravidade, que hoje não
existe", afirmou Jordy, que cita uma legislação de migração com mais
de três décadas de defasagem, apesar de tratatos internacionais, como a
Convenção de Palermo da ONU, de 2000.
A CPI instalada no início deste
mês na Câmara dos Deputados, tem como objetivo conscientizar, debater e propor
formas de combate até mesmo novas Leis para a interrupção deste crime, que
atinge cerca de 4 milhões de pessoas em todo planeta.
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