terça-feira, 3 de abril de 2012

Arnaldo Jordy pede ao TCU auditoria nos contratos para a implantação de Belo Monte


Por: William Passos 

A Comissão de Minas e Energia da Câmara deve votar nos próximos dias requerimento, de autoria do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de auditoria nos contratos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a Norte Energia e nos demais contratos firmados para a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte no Pará.

Com um custo estimado de US$ 11 bilhões, a usina será a terceira maior do mundo em termos de capacidade, sendo considerada, hoje, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

De acordo com relato de Jordy, o consórcio venceu, em abril de 2010, o leilão promovido pela Aneel para a construção, operação e manutenção da usina de Belo Monte pelo prazo de 35 anos. Ele acrescenta que, no entanto, a empresa trabalha apenas com uma licença parcial, concedida em janeiro do ano passado que permite somente construções no canteiro de obras da usina.

Ainda de acordo com o deputado do PPS, não existe, na legislação ambiental brasileira, licença fracionada e a concessão só poderia ser feita se as condicionantes fossem cumpridas, o que não aconteceu.

"Queremos que o TCU mostre ao Congresso informações acerca dos valores, prazos e taxas de juros envolvidos, para que possamos ter uma fiscalização nos referidos contratos pactuados e que suas conclusões sejam disponibilizadas de forma transparente para a sociedade", justificou Jordy.

O BNDES financiará cerca de 80% do empreendimento e o restante serão recursos bancados por instituições financeiras privadas.

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