terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O compromisso por uma "Belém Sustentável"



A responsabilidade de desenvolver candidaturas à Prefeitura de Belém inspiradas em uma agenda sustentável para a cidade já é um compromisso assumido para as eleições deste ano. Mais que isso, torna-se pública uma corrente do bem em prol de medidas sustentáveis na gestão pública da capital paraense. Estamos falando do projeto “Belém Sustentável”, lançado ontem, 06, com o auditório do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) lotado, é resultado do esforço conjunto dos partidos políticos PPS, PV, Democratas, PSDC, PT do B , PTN e PMN e das Organizações Não Governamentais No Olhar, Poema, Argonautas e Imazon. “Não adianta discutir a sucessão de Belém só pela representação política, o importante é saber que cada candidato aqui se comprometerá em seguir os indicadores de sustentabilidade do projeto; por isso esses partidos estão saindo na frente.”, disse o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), propusente da ação local.
O projeto “Belém Sustentável”, segundo Beto Veríssimo, do Imazon, é uma referência de controle para a sustentabilidade urbana e baseia-se em doze eixos de ação do programa “Cidades Sustentáveis”: governança; bens naturais; equidade, justiça social e cultura de paz; gestão local para a sustentabilidade; planejamento e desenho urbano; cultura para a sustentabilidade; educação para a sustentabilidade e qualidade de vida; economia local  dinâmica, criativa e sustentável; consumo responsável e opções de estilo de vida; melhor mobilidade, menos trafego; ação local para a saúde; e do local para o global.
Uma simples história contada jornalista Soninha Francine, pré-candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, exemplifica como a noção de sustentabilidade faz inter-relação com o cotidiano das políticas urbanas: “se um novo edifício de luxo é construído numa avenida importante da capital, isso demandará espaço para estacionamentos, haverá mais carros circulando na cidade, consequentemente menos mobilidade e mais tráfego, logo a redução do PIB local em função do tempo perdido no trânsito, além da marginalização para a periferia dos antigos moradores da área”. “Por causa dessa cadeia de fatores que afetam a qualidade de vida das pessoas é que estamos fazendo a construção de um tecido de inconformismo, não é fácil, mas queremos mudar a história de atraso sofrida por Belém, que, inclusive, na atual gestão possui o menor percentual de investimentos dos últimos 25 anos”, afirmou Arnaldo Jordy.
Nesse sentido, o “Belém Sustentável” vem refletir junto com a sociedade as futuras projeções de políticas públicas sustentáveis para Belém e se faz uma ferramenta de controle aos atos administrativos da próxima gestão na capital. Durante o evento a participação da sociedade foi representativa, muitas pessoas se manifestaram preocupadas com a ausência ações de ações na área de saneamento, tratamento de água e o uso do solo na capital, inclusive com menções ao plano diretor de Belém, que não está sendo cumprido pela atual gestão. Por fim, os representantes dos partidos políticos e ONGs presentes assinaram um protocolo de compromisso com as diretrizes do programa.

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