A responsabilidade de desenvolver
candidaturas à Prefeitura de Belém inspiradas em uma agenda sustentável para a
cidade já é um compromisso assumido para as eleições deste ano. Mais que isso, torna-se
pública uma corrente do bem em prol de medidas sustentáveis na gestão pública
da capital paraense. Estamos falando do projeto “Belém Sustentável”, lançado
ontem, 06, com o auditório do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) lotado, é resultado
do esforço conjunto dos partidos políticos PPS, PV, Democratas, PSDC, PT do B ,
PTN e PMN e das Organizações Não Governamentais No Olhar, Poema, Argonautas e
Imazon. “Não adianta discutir a sucessão de Belém só pela representação
política, o importante é saber que cada candidato aqui se comprometerá em
seguir os indicadores de sustentabilidade do projeto; por isso esses partidos
estão saindo na frente.”, disse o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), propusente
da ação local.
O projeto “Belém Sustentável”,
segundo Beto Veríssimo, do Imazon, é uma referência de controle para a sustentabilidade
urbana e baseia-se em doze eixos de ação do programa “Cidades Sustentáveis”:
governança; bens naturais; equidade, justiça social e cultura de paz; gestão
local para a sustentabilidade; planejamento e desenho urbano; cultura para a
sustentabilidade; educação para a sustentabilidade e qualidade de vida;
economia local dinâmica, criativa e
sustentável; consumo responsável e opções de estilo de vida; melhor mobilidade,
menos trafego; ação local para a saúde; e do local para o global.
Uma simples história contada
jornalista Soninha Francine, pré-candidata do PPS à prefeitura de São Paulo,
exemplifica como a noção de sustentabilidade faz inter-relação com o cotidiano
das políticas urbanas: “se um novo edifício de luxo é construído numa avenida importante
da capital, isso demandará espaço para estacionamentos, haverá mais carros
circulando na cidade, consequentemente menos mobilidade e mais tráfego, logo a redução
do PIB local em função do tempo perdido no trânsito, além da marginalização para
a periferia dos antigos moradores da área”. “Por causa dessa cadeia de fatores
que afetam a qualidade de vida das pessoas é que estamos fazendo a construção
de um tecido de inconformismo, não é fácil, mas queremos mudar a história de
atraso sofrida por Belém, que, inclusive, na atual gestão possui o menor
percentual de investimentos dos últimos 25 anos”, afirmou Arnaldo Jordy.
Nesse sentido, o “Belém
Sustentável” vem refletir junto com a sociedade as futuras projeções de
políticas públicas sustentáveis para Belém e se faz uma ferramenta de controle
aos atos administrativos da próxima gestão na capital. Durante o evento a
participação da sociedade foi representativa, muitas pessoas se manifestaram
preocupadas com a ausência ações de ações na área de saneamento, tratamento de
água e o uso do solo na capital, inclusive com menções ao plano diretor de
Belém, que não está sendo cumprido pela atual gestão. Por fim, os
representantes dos partidos políticos e ONGs presentes assinaram um protocolo
de compromisso com as diretrizes do programa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário