O projeto da Prefeitura de Belém de criação da uma via expressa para ônibus urbanos pela avenida Almirante Barroso, no fluxo Belém-Icoaraci e vice-versa, conhecido como BRT, mostra-se nocivo para o funcionamento da capital paraense, a partir de uma possível verticalização imobiliária nessa via de entrada e saída da cidade, aliada ao acúmulo de carros e à falta de outras de escoamento de veículos.
O alerta foi feito ontem à noite pelo pesquisador Adalberto Veríssimo, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), acrescentando que o instituto cruzou dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PA) sobre o trânsito de Belém com a densidade demográfica da cidade e identificou que em 2005 havia 12 habitantes para cada carro e, agora, são de 7 a 8 habitantes para cada carro, indicando o crescimento da frota na área urbana.
O BRT e um projeto de aumento do gabarito (altura) de construção de imóveis na Almirante Barroso deverão ser discutidos por vereadores hoje na Câmara de Belém, inclusive, com a presença do prefeito Duciomar Costa.
Adalberto Veríssimo participou, ontem, do lançamento do Programa Belém Sustentável, em que pré-candidatos à Prefeitura de Belém (Arnaldo Jordy-PPS e José Francisco-PV) e dirigentes das siglas PV, PPS, Democratas, PSDC, PT do B e PMN assinaram a carta-compromisso do Programa Cidades Sustentáveis/Belém Sustentável, iniciativa de instituições e entidades no Brasil. A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine (PPS), e o coordenador do Observatório Social de Belém, Ivan Costa, participaram da programação. "Essa é uma agenda para os candidatos nas eleições deste ano", ressaltou Arnaldo Jordy.
"Como existe o problema da falta de mobillidade (deslocamento) em Belém, a Prefeitura de Belém tem de investir em transporte público e melhorar as ciclovias e ainda descentralizar os serviços públicos que hoje em dia estão concentrados no chamado centro da cidade. Eu não sou contra a urbanização horizontal e vertical da cidade, mas as ações precisam ser feitas com planejamento, porque os impactos sobre a qualidade de vida da população são muitos fortes. Então, os cidadãos, a Imprensa e a sociedade em geral precisam debater o Plano Diretor Urbano (PDU). No trânsito, precisamos garantir três corredores de tráfego: o prolongamento da avenida João Paulo II até o Coqueiro e a continuação da avenida Independência até o limite Ananindeua-Marituba, além do fluxo na Almirante Barroso", disse Veríssimo
JORNAL O LIBERAL
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