quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

JORDY FALA SOBRE DENÚNCIA ENVOLVENDO EMPRESÁRIO

O deputado Arnaldo Jordy (PPS), ex relator da CPI da Pedofilia na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa) esclareceu, nesta terça-feira (07/12), em entrevista à imprensa, que a Comissão não recebeu denúncia contra o empresário Antônio Carlos Vilaça - acusado de crime de abuso sexual contra oito crianças dos municípios de Belém, Barcarena e Abaetetuba - enquanto atuava nessa comissão. Jordy garantiu que foi tão somente por esse motivo que o empresário não foi investigado pela CPI, que encerrou suas atividades em dezembro de 2009.O caso do empresário foi notícia nacional na edição da Folha de São Paulo do último sábado (4/12). Segundo a matéria da Folha, havia no Pará uma espécie de rede de proteção ao acusado que envolvia jornalista, juiz, empresário da comunicação, advogados e o deputado federal Wladimir Costa (PMDB).
Segundo Jordy, o caso do empresário não foi investigado pela CPI da Alepa porque só foi descoberto após o encerramento dos trabalhos da comissão. Jordy enfatizou que quanto a CPI estava funcionando nenhuma denúncia foi feita contra o empresário. Por outro lado, comemorou o fato de que ser publicada matéria neste sentido, o que para ele mostra que houve a quebra do pacto de silêncio contra esse crime. Jordy lembrou que a própria CPI sofreu pressões até mesmo internas, pois havia quem fosse contra ela dentro da própria Alepa. Além disso, segundo o parlamentar, a comissão tratou de dois casos emblemáticos que envolviam pessoas com poder político: o do ex-deputado Luiz Afonso Sefer e do irmão da governadora Ana Júlia Carepa (PT), João Carepa. Ambos foram denunciados pela CPI ao Ministério Público na conclusão do relatório.
O deputado disse que a comissão esteve aberta para receber denúncias de quem quer que fosse: “Todas as reuniões da CPI foram públicas e mesmo as não públicas – como as de trabalho - eram acompanhadas pela CNBB, SPDDH e Ministério Público. Não houve segredo e nenhuma investigação silenciosa. Os arquivos (da CPI) estão todos à disposição de quem quiser analisá-los”. Jordy ressaltou que um dos lemas da CPI era incentivar denúncia para quebrar o paradigma do medo em torno desse crime. O deputado lembrou que “a CPI recebeu informalmente diversas especulações, uma delas contra o ex-prefeito Laurival Cunha, de Barcarena; e de um ex-deputado estadual que hoje é conselheiro do Tribunal de Contas, mas não podíamos avançar se não havia uma denúncia. O caso do padre George só foi levado à frente porque outro padre fez e assinou a denúncia, confirmando que todas elas (denúncias) eram verdadeiras”. Ele destacou que dos 150 casos que foram investigados houve o pedido de indiciamento de 148. “Não pedimos apenas de dois casos por dúvida, porque não tínhamos conhecimento da materialidade...E seria temerário expor alguém aqui sem a certeza e se (essa pessoa) fosse inocente? Foram só esses dois casos”, conclui. (Fonte Alepa)

Um comentário:

  1. FALE DEPUTADO...

    FUI SEU ELEITOR. E QUERO PARABENIZA-LO, POR SUA ATUAÇÃO NA CPI.

    MAS, FICO CURIOSO POR AINDA NÃO ESTA CLARO O MOTIVO DE LAURIVAL CUNHA E CIPRIANO SABINO TEREM ENTRADO E SAIDO RAPIDAMENTE DA CPI. EXPLIQUE COM DETALHES O MOTIVO.

    ABRAÇOS;

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