Uma vergonha e uma regressão à cidadania que não corresponde à sinalização dos tempos modernos. Assim o deputado estadual, Arnaldo Jordy (PPS) se manifestou nesta terça-feira, 30, na Assembléia Legislativa em resposta a aprovação do projeto que modifica o parágrafo 9º do artigo 99 da Constituição Estadual. O artigo proibia o pagamento de salário extra aos parlamentares nas sessões legislativas extraordinárias, o que agora está liberado, dando aos deputados o direito de receberem uma espécie de 14º salário quando esse tipo de sessão for convocada. "Sou totalmente contrário a esse projeto e dispenso esse tipo de tratamento", ressaltou o parlamentar, comentando o projeto apresentado pelo presidente da Casa, deputado estadual, Domingos Juvenil (PMDB).
Em fevereiro de 2006, Arnaldo Jordy, juntamente com mais dois parlamentares, apresentou projeto à Alepa acabando com o pagamento extra aos deputados durante as convocações extraordinárias. O documento foi aprovado e alterou a Constituição do Estado. Nesta terça-feira, o assunto voltou novamente à pauta e ressuscitou o benefício, que recebeu durante a votação 27 votos a favor e cinco contra. "Ao aprovar o projeto, a Alepa revigora o que tantas casas legislativas já tinham superado", lamentou o deputado, que já anunciou que vai abrir mão do benefício caso seja contemplado. "É uma vergonha instituir esse 14º enquanto os trabalhadores mal recebem o seu 13º salário", frisou.
Jordy lembrou que nos quatro anos em que esteve vedado o pagamento de parcela extra aos parlamentares, nenhuma sessão extraordinária foi realizada. Ele também criticou o fato de que na maioria das vezes, os projetos apresentados durante esse tipo de sessão não têm relevância e não justificam a urgência. "Quase sempre são projetos que não justificam entrar na pauta extraordinária", disse.
Caro Jordy
ResponderExcluirPela primeira vez tenho a sensação de ter cumprido bem o meu dever de votar num deputado federal. Valeu!