terça-feira, 2 de maio de 2017

Soltura de Dirceu: Infelizmente Gilmar Mendes está cumprindo o papel de enfraquecer a Lava Jato, lamenta líder do PPS

 
     
Do Portal PPS
    
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PA), criticou nesta terça-feira a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar um pedido de habeas corpus e decidir pela soltura do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula e deputado cassado José Dirceu (PT). Para o líder, tão lamentável quanto a soltura do petista foi a liberação do empresário Eike Batista em decisão tomada pelo ministro Gilmar Mendes. “Infelizmente o ministro está cumprindo o papel de enfraquecer a Lava Jato. As últimas duas decisões vão contra todo o sentimento nacional de combate a corrupção e a impunidade”, lamentou Jordy.
  
Condenado no mensalão e apontado como o chefe da organização criminosa, Dirceu continuou a agir no submundo da corrupção e acabou sendo preso novamente durante a operação Lava Jato por envolvimento no desvio de dinheiro da Petrobras e de outras obras federais entregues para um cartel de empreiteiras. No julgamento desta terça-feira votaram pela soltura do “braço-direito” de Lula os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, que chegou a afirmar na sessão que os procuradores da Lava Jato, ao fazer nova denúncia contra Dirceu, estariam agindo para pressionar o STF numa atitude de “jovens que não tem a vivência institucional”. Celso de Mello e Edson Fachin, relator da operação Lava Jato, foram contra a concessão do habeas corpus.
  
“Espero que as últimas decisões do STF com relação a soltura de presos não desestimulem novas delações no âmbito da operação Lava Jato. Os jovens que, na avaliação do ministro Gilmar, fizeram uma brincadeira juvenil, desmontaram o maior esquema de corrupção da história do país. E, creio eu, isso não é brincadeira de criança. Espero também que a sociedade, indignada com uma situação como essa, não desanime e continue vigilante em seu papel de denunciar casos de corrupção e cobrar a punição de envolvidos, seja de qual espectro empresarial ou político for”, ressaltou Arnaldo Jordy.
  
  
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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