segunda-feira, 13 de março de 2017

PPS quer mudança no projeto de reforma da Previdência do governo


  
O projeto de reforma da Previdência do governo, do jeito que está dificilmente será aprovado pelo Congresso. Por isso, a bancada do PPS vai apresentar várias emendas, para corrigir pontos que considera prejudiciais aos trabalhadores, em especial aos professores, mulheres, pessoas com deficiência, a população rural, entre outros. Dentre essas emendas, a que estabelece uma regra de transição do atual sistema para o futuro. A afirmação foi feita pelo líder do partido na Câmara dos DeputadosArnaldo Jordy (PA), durante seminário sobre o tema no auditório da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados do Pará e Amapá (Fetracom-PA/AP).
   
Para uma plateia lotada de sindicalistas ligados à União Geral dos Trabalhadores (Ugt Brasil), Jordy afirmou que não é mais possível adiar a reforma da Previdência, que já foi tentada por todos os ex-presidentes da República, desde Fernando Henrique Cardoso, até Lula, pois se chegou a um ponto em que há apenas 2.4 trabalhadores para manter um aposentado. “Quando a Previdência foi constituída, havia sete trabalhadores ativos para cobrir um inativo”, disse Jordy, mostrando que desse jeito, logo a Previdência será insustentável para as futuras gerações.
   
No entanto, Jordy garantiu que o sacrifício não pode ser apenas dos trabalhadores, dos mais humildes, pois há uma dívida de R$ 426 bilhões de empresas junto à Previdência, que contribuíram grandemente para o atual rombo. “São empresas que devem e contribuíram para esse déficit da Previdência, porque não vão pagar?”, questiona Jordy, que cita números da Controladoria Geral da União, sobre dívidas de empresas como ValeBradescoItaúCaixa, JBS, Varig e Vasp. “O debate precisa dizer como essas empresas vão pagar esse déficit”, afirma o deputado, que critica também o atual modelo de previdência dos parlamentares. “Também precisamos mexer nessa estrutura”, completa.
    
  
Por: Assessoria Parlamentar
  
  

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