A
Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga ao tráfico de pessoas no Brasil
terá como um dos alvos de investigação o recrutamento de jovens e adolescentes
para a prostituição.
Para o
presidente da CPI, milhares de moças e rapazes são aliciados diariamente para
serem usados por quadrilhas no mercado do sexo pago. Segundo ele, a alta
rentabilidade para as quadrilhas e a vulnerabilidade das vítimas contribuem
para a prosperidade deste crime.
Integrantes
da Comissão já têm informações de que muitas das prostitutas e travestis
mandados ao exterior estão servindo também a traficantes, já que funcionariam
como “mulas” para levarem drogas no próprio corpo.
"Esse
crime envolve redes poderosas e movimenta no mundo hoje algo entre 32 a 35
bilhões de dólares. São quatro milhões de pessoas por ano que são vítimas do
tráfico de seres humanos e o Brasil está entre os cinco países com maior
incidência desse tipo de crime. A situação é gravíssima e as pessoas não se dão
conta", relatou Jordy.
A CPI do
Tráfico Humano buscará apoio do Ministério Público e da Polícia Federal para
fornecer subsídios para o trabalho do colegiado.
Os
trabalhos devem começar pelo estado de Goiás. Requerimento de autoria da
relatora da CPI, deputada Flávia Morais (PDT-GO), foi aprovado nesta
terça-feira e prevê diligências no território goiano, que registra denúncias de
envio de jovens para o restante do Brasil e para outros países para servirem às
redes de prostituição.
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