quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Jordy vai à China conhecer trabalhos na área de direitos humanos

Com a proposta de contribuir para o conhecimento recíproco e o estreitamento de laços entre o Brasil e a China, o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) viajou para Pequim, a convite da Comissão de Assuntos Étnicos da Assembleia Popular Nacional daquele país, a fim de cumprir uma agenda de compromissos, em caráter de missão oficial. Na agenda, constam audiência o presidente da Comissão de Etnias da Assembleia Popular Nacional da China, Ma Qizhi, e visitas às cidades Beijing e Shangai para conhecer alguns trabalhos desenvolvidos na área de direitos humanos no país. O retorno do parlamentar ao Brasil será no dia 20 de dezembro. As despesas com hospedagem, transporte e alimentação estão sendo custeadas pela China. Os chineses tem sido alvo de acusações e reclamações de diversas entidades e grupos de defesa dos direitos humanos, com o governo tendo feito esforços nos últimos meses para mudar essa imagem. A China é uma das maiores economias em nível mundial, fazendo parte dos BRICS (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e dona de um crescimento anual que atinge os 10%. E por manter relacionamento comercial com boa parte dos países do mundo, inclusive o Brasil, sofre pressão por parte de seus parceiros, da opinião pública e consumidores para que mude esse quadro e respeite convenções internacionais. Legisladores chineses aprovaram uma emenda simbólica numa sessão do Parlamento há algumas semanas. A Carta Magna chinesa deve passar, pela primeira vez, a proteger os direitos humanos, e essa oficialização poderá abrir caminho para alguma discussão da questão no país e pode facilitar a chegada de mais reformas. A Constituição já garante a liberdade de religião, expressão e reunião, mas esses direitos são bastante limitados. Em setembro, aconteceu em Beijing (Pequim), o 4º Fórum de Beijing sobre Direitos Humanos, com enfoque na dignidade humana e diversidade cultural e de valores. Mais de 100 especialistas em direitos humanos da China e do exterior participaram do evento. A China vai preparar um novo "plano de ação dos direitos humanos" para 2012-15, com a meta de ampliar a democracia, reforçar o Estado de direito, melhorar a subsistência do povo e salvaguardar os direitos humanos, de acordo com um documento extraído do fórum. A questão dos direitos humanos foi pautado no encontro bilateral entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente chinês, Hu Jintao, em abril deste ano, em Pequim. Dilma e Hu Jintao conversaram sobre intenções de ambos os países em fortalecer matérias de direitos humanos e promover o intercâmbio de experiências e boas práticas, em especial sobre políticas de combate à pobreza.

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