Lançada ontem (29) no Hilton Hotel, a segunda fase da campanha “Estamos de portas fechadas à Exploração Sexual”, mais uma vez reverberou a necessidade de combater a violação dos direitos de crianças e adolescentes no estado do Pará. A campanha tem como objetivo sensibilizar os proprietários, gerentes e demais funcionários de hotéis, taxistas e trabalhadores dos serviços de turismo para o enfrentamento à exploração sexual infanto-juvenil. “Essa conjugação de esforços revela a possibilidade de prevenção desse, que é um crime silencioso, e que vitima cerca de 100 mil crianças e adolescentes no estado. Mas todos precisam se comprometer”, afirmou o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA), relator da CPI da Pedofilia no Pará, de janeiro de 2009 a janeiro de 2010.
Em Belém, já se comemora a abrangência da campanha em 85% do ramo hoteleiro e outros estados se mostram interessados em aderir à metodologia de prevenção. A campanha “Estamos de portas fechadas à Exploração Sexual” aborda o crime em quatro conceitos: abuso sexual, exploração sexual, tráfico para fins de exploração sexual e pornografia infantil. Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a cada 8 minutos uma criança é vítima do crime no Brasil. Só no Pará, de janeiro a março de 2011, o disque 100 recebeu 4.205 denúncias.
O programa é uma iniciativa da Associação Brasilieira da Indústria de Hoteis (ABIH) e do Movimento Cedeca/Emaús, desenvolvida em 2006. Nesta segunda etapa de atuação, ele ganha a parceria do Governo do Estado do Pará, por meio do programa Pro Paz, do Ministério Público do trabalho e do Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Belém e Ananindeua (SHORES), que irão compor para que a metodologia e estratégias da campanha possam ganhar amplitude de política pública, inclusive será criado um comitê composto por órgãos governamentais e não governamentais, responsável pelo monitoramento das ações previstas.
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