quarta-feira, 1 de junho de 2011

Crimes no campo: Jordy vê descaso de autoridades

BRASÍLIA - Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), disse hoje (31) que as autoridades ignoraram o alerta feito pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT) sobre a lista de pessoas “marcadas para morrer” no campo na Região Norte.

São trabalhadores rurais e ambientalistas que integram essa lista, segundo documento que foi entregue oficialmente pela Pastoral da Terra ao Ministério da Justiça este ano. Mas, desde 2001, a CPT informa que mantém o governo federal informado sobre as ameaças de morte ao casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo. No entanto, marido e mulher não obtiveram a segurança para resguardar suas vidas.

A omissão teve como consequência a execução dos dois, no último dia 24. O crime ocorreu na região de Nova Ipixuna, que fica na região sudoeste do Pará. Dias depois, também foi assassinado a tiros o agricultor Erenilton Pereira dos Santos, numa região próxima ao local onde ocorreu o primeiro caso. "Foi grande o descaso de autoridades com a segurança de lideranças ambientais da região, algumas listadas para serem assassinadas por grileiros e desmatadores”, disse o parlamentar paraense.

Arnaldo Jordy também criticou a postura do Palácio do Planalto após as mortes na região Norte e que, segundo ele, são consequência do conflito agrário do qual o governo federal se exime.

“É muito fácil mandar R$ 500 mil, a Força Nacional e chorar no velório das vítimas. Na minha opinião, isso é uma ofensa ao estado do Pará. Chega a ser ridículo”, criticou o deputado. Para o parlamentar, para resolver os problemas no campo, as autoridades precisam realizar um “Choque de Estado”. “Basta o Ibama, a Polícia Federal e o Incra fazerem o que a lei manda e muito já se resolverá nesta área”, acrescentou.

Assessoria de Imprensa da Liderança do PPS na Câmara dos Deputados

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